Conheça o maior fundo imobiliário do Brasil
Veja os prós e contras de aplicar no BC Fund, que possui uma carteira de 2 bilhões de reais em imóveis e tem quotas negociadas na BM&FBovespa
São Paulo – O Brazilian Capital Real Estate Fund (BRCR11B), maior fundo imobiliário brasileiro com quotas negociadas em bolsa, vai elevar em 25% a distribuição mensal de aluguéis aos seus investidores. Da última vez em que isso aconteceu, em 29 de julho, as quotas do fundo tiveram uma valorização de cerca de 20% na BM&FBovespa no mês seguinte.
O BC Fund chegou à bolsa em dezembro de 2010 com uma política de crescimento acelerado e baixa distribuição de dividendos. Ao invés de repartir todos os aluguéis recebidos dos inquilinos com os quotistas, o fundo guardava parte do dinheiro para fazer caixa e comprar outros imóveis.
Há um ano, cada quota do BC Fund valia 100 reais e garantia ao investidor um retorno de 0,50 real ao mês. Em julho, a distribuição de aluguéis subiu para 0,67 real. O fundo, entretanto, continuou a ser visto com certo ceticismo pelos investidores porque mantinha em caixa boa parte dos aluguéis.
Com a nova elevação, que ainda deve ser ratificada em assembleia de quotistas em 20 de dezembro, a distribuição subirá para 0,83 real por quota e garantirá ao investidor um retorno em linha com o resto da indústria.
Inicialmente, o fundo prometia chegar a esse nível de distribuição apenas em 2014. A antecipação aconteceu devido ao sucesso em reduzir a vacância dos imóveis do portfólio e aos reajustes obtidos após a renegociação de diversos contratos de locação. “A receita bruta de locação dos fundos cresceu 30% nos 11 primeiros meses deste ano”, diz Adriano Mantesso, responsável pelo BC Fund. “Nossas receitas mensais com aluguel já alcançam 14,3 milhões de reais.”
Há um ano, cada quota do BC Fund valia 100 reais e garantia ao investidor um retorno de 0,50 real ao mês. Em julho, a distribuição de aluguéis subiu para 0,67 real. O fundo, entretanto, continuou a ser visto com certo ceticismo pelos investidores porque mantinha em caixa boa parte dos aluguéis.
Com a nova elevação, que ainda deve ser ratificada em assembleia de quotistas em 20 de dezembro, a distribuição subirá para 0,83 real por quota e garantirá ao investidor um retorno em linha com o resto da indústria.
Inicialmente, o fundo prometia chegar a esse nível de distribuição apenas em 2014. A antecipação aconteceu devido ao sucesso em reduzir a vacância dos imóveis do portfólio e aos reajustes obtidos após a renegociação de diversos contratos de locação. “A receita bruta de locação dos fundos cresceu 30% nos 11 primeiros meses deste ano”, diz Adriano Mantesso, responsável pelo BC Fund. “Nossas receitas mensais com aluguel já alcançam 14,3 milhões de reais.”
A primeira vantagem é tributária. Fundos imobiliários não pagam Imposto de Renda, CSLL, PIS nem Cofins sobre as receitas ou lucros obtidos com aluguéis. Outro benefício ao investidor é a distribuição mensal de aluguéis aos quotistas – na Bovespa, quase nenhuma empresa aberta paga dividendos a cada 30 dias. Por último, Mantesso afirma que um fundo tem uma estrutura mais enxuta que uma companhia aberta, com menos funcionários e despesas administrativas reduzidas. A terceirização de atividades não estratégicas implicaria em uma distribuição maior de receitas aos quotistas.
A gestão ativa do fundo inclui diversos pilares de atuação. O primeiro é procurar renegociar os contratos de aluguel sempre que o mercado estiver aquecido. Desde que chegou à bolsa no final do ano passado, o fundo conseguiu reajustar os valores estabelecidos em contrato com 38% dos inquilinos. Os aumentos médios chegam a 48%. O destaque foi o Cenesp, um empreendimento de sete blocos de escritórios na zona sul de São Paulo onde os aluguéis subiram 60%. A alta representativa reflete o fato de que o Cenesp tinha altas taxas de vacância quando foi comprado. Agora, o prédio está 100% locado.
As renegociações foram consideradas tão bem-sucedidas que o BC Fund já não via mais oportunidade de fortes reajustes nos aluguéis e decidiu vender ao mercado parte de suas quotas no Cenesp. A empresa usou o dinheiro levantado para comprar a participação em outro edifício, o Burity. O negócio permitiu que o BC Fund trocasse um prédio que rendia 10,3% de seu valor ao ano em aluguéis por outro que paga 11,6%. Como o fundo só pagou 30% do Burity e financiou o restante da aquisição para quitá-la nos próximos anos, o retorno real com esse edifício chega a 19,1% ao ano.
Por último, o fundo prevê elevar a área locável dos imóveis que já possui por meio de ampliações. “Acreditamos que é possível agregar 20.000 metros quadrados aos imóveis da carteira” diz Mantesso. Ele cita como o exemplo o Brazilian Financial Center, onde seria possível construir um novo andar com 1.400 metros quadrados de área.
Crítica
Por outro lado, advém da própria gestão ativa uma das principais críticas que o mercado faz ao BC Fund. Como o fundo compra e vende imóveis o tempo todo, parte do caixa gerado pelos aluguéis é retido pelo administrador para financiar essas transações. O resultado é que a distribuição dos aluguéis aos quotistas pode ser menor do que a de muitos outros fundos imobiliários.
Quando chegou à bolsa em dezembro, cada quota do fundo valia 100 reais. Os aluguéis distribuídos mensalmente, entretanto, correspondiam a apenas 0,50 real por quota – o resto ficava retido no caixa. O retorno para o investidor, portanto, era equivalente a apenas 0,5% do valor do imóvel. “Geralmente os investidores consideram interessantes retornos mensais de 0,75% ou mais ao mês”, diz Fatima, da Coinvalores.
As renegociações foram consideradas tão bem-sucedidas que o BC Fund já não via mais oportunidade de fortes reajustes nos aluguéis e decidiu vender ao mercado parte de suas quotas no Cenesp. A empresa usou o dinheiro levantado para comprar a participação em outro edifício, o Burity. O negócio permitiu que o BC Fund trocasse um prédio que rendia 10,3% de seu valor ao ano em aluguéis por outro que paga 11,6%. Como o fundo só pagou 30% do Burity e financiou o restante da aquisição para quitá-la nos próximos anos, o retorno real com esse edifício chega a 19,1% ao ano.
Por último, o fundo prevê elevar a área locável dos imóveis que já possui por meio de ampliações. “Acreditamos que é possível agregar 20.000 metros quadrados aos imóveis da carteira” diz Mantesso. Ele cita como o exemplo o Brazilian Financial Center, onde seria possível construir um novo andar com 1.400 metros quadrados de área.
Crítica
Por outro lado, advém da própria gestão ativa uma das principais críticas que o mercado faz ao BC Fund. Como o fundo compra e vende imóveis o tempo todo, parte do caixa gerado pelos aluguéis é retido pelo administrador para financiar essas transações. O resultado é que a distribuição dos aluguéis aos quotistas pode ser menor do que a de muitos outros fundos imobiliários.
Quando chegou à bolsa em dezembro, cada quota do fundo valia 100 reais. Os aluguéis distribuídos mensalmente, entretanto, correspondiam a apenas 0,50 real por quota – o resto ficava retido no caixa. O retorno para o investidor, portanto, era equivalente a apenas 0,5% do valor do imóvel. “Geralmente os investidores consideram interessantes retornos mensais de 0,75% ou mais ao mês”, diz Fatima, da Coinvalores.
Devido aos bons resultados obtidos com as negociações de aluguéis, o BC Fund decidiu, há pouco mais de três meses, elevar a distribuição mensal de aluguéis para 0,67 real por quota. Quem investia no fundo naquela época ganhou um bom dinheiro. O valor da quota na bolsa, que girava em torno de 100 reais, saltou para até 127 reais e hoje vale ao redor de 113 reais.
O fundo, no entanto, só planeja começar a distribuir todos os aluguéis a partir de 2015, quando avalia que será possível realizar pagamentos mensais de ao menos 1,25 real. “É por isso que os investidores acreditam que o BC Fund é interessante apenas no longo prazo, quando os quotistas efetivamente começarem a se apropriar dos ganhos com a gestão ativa”, diz Fatima, da Coinvalores.
Sérgio Belleza, consultor da área de fundos imobiliários, considera que o mercado erra ao precificar os fundos imobiliários no Brasil apenas de acordo com o valor dos aluguéis distribuídos. No exterior, o valor das quotas reflete melhor o preço dos ativos imobiliários incluídos na carteira.
No caso do BC Fund, os administradores avaliam que os imóveis valem 2 bilhões de reais. A consultoria imobiliária Colliers fez recentemente uma análise independente do valor do portfólio e chegou a 1,6 bilhão de reais. Já o valor de mercado de todas as quotas do fundo corresponde a 1,2 bilhão de reais. “À medida que o mercado fique mais profissional, com grandes investidores estrangeiros e institucionais, o valor real dos ativos tenderá a ganhar mais peso na decisão de investimento de todos, incluindo as pessoas físicas”, diz Belleza. “É neste momento que o valor das quotas vai se aproximar do preço dos imóveis.”
Liquidez
O BC Fund não tem problemas de liquidez como alguns fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa. As quotas estão nas mãos de 1.600 investidores e giram em média 300.000 reais por dia. Dificilmente pessoas físicas e pequenos investidores terão de arcar com um grande ágio ou deságio para comprar ou vender uma quota, respetivamente.
Para que a valorização das quotas supere o IGP-M, índice que serve de base para a maioria dos contratos de aluguel no Brasil, o BC Fund mantém a aposta na gestão ativa. Adriano Mantesso diz que o fundo tem 70 milhões de reais em caixa para realizar novas aquisições. Já se faltar dinheiro, há duas alternativas imediatamente viáveis: fazer compras a prazo ou realizar uma nova oferta pública de participações no Cenesp, um ativo com boa liquidez. Mas só a partir do momento em que a distribuição de aluguéis aumentar ou quando o mercado começar a dar mais importância ao valor real dos imóveis é que o BC Fund tende a se tornar o destaque da indústria.
Fonte da matéria
Sérgio Belleza, consultor da área de fundos imobiliários, considera que o mercado erra ao precificar os fundos imobiliários no Brasil apenas de acordo com o valor dos aluguéis distribuídos. No exterior, o valor das quotas reflete melhor o preço dos ativos imobiliários incluídos na carteira.
No caso do BC Fund, os administradores avaliam que os imóveis valem 2 bilhões de reais. A consultoria imobiliária Colliers fez recentemente uma análise independente do valor do portfólio e chegou a 1,6 bilhão de reais. Já o valor de mercado de todas as quotas do fundo corresponde a 1,2 bilhão de reais. “À medida que o mercado fique mais profissional, com grandes investidores estrangeiros e institucionais, o valor real dos ativos tenderá a ganhar mais peso na decisão de investimento de todos, incluindo as pessoas físicas”, diz Belleza. “É neste momento que o valor das quotas vai se aproximar do preço dos imóveis.”
Liquidez
O BC Fund não tem problemas de liquidez como alguns fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa. As quotas estão nas mãos de 1.600 investidores e giram em média 300.000 reais por dia. Dificilmente pessoas físicas e pequenos investidores terão de arcar com um grande ágio ou deságio para comprar ou vender uma quota, respetivamente.
Para que a valorização das quotas supere o IGP-M, índice que serve de base para a maioria dos contratos de aluguel no Brasil, o BC Fund mantém a aposta na gestão ativa. Adriano Mantesso diz que o fundo tem 70 milhões de reais em caixa para realizar novas aquisições. Já se faltar dinheiro, há duas alternativas imediatamente viáveis: fazer compras a prazo ou realizar uma nova oferta pública de participações no Cenesp, um ativo com boa liquidez. Mas só a partir do momento em que a distribuição de aluguéis aumentar ou quando o mercado começar a dar mais importância ao valor real dos imóveis é que o BC Fund tende a se tornar o destaque da indústria.
Fonte da matéria
Maior fundo imobiliário brasileiro fica mais rentável
ResponderExcluirO BC Fund vai elevar em 25% a distribuição de aluguéis aos quotistas; da última vez em que isso aconteceu, o valor das quotas disparou na bolsa
Ver matéria completa neste link:
http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/fundos/noticias/maior-fundo-imobiliario-brasileiro-fica-mais-rentavel
Maior fundo imobiliário do País aprova emissão de novas cotas
ResponderExcluirOs detalhes da oferta, como cronograma e prazos ainda não foram divulgados, já que precisam de aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
Por Diego Lazzaris Borges
|17h15 | 01-10-2012
http://www.infomoney.com.br/onde-investir/investimentos-imobiliarios/noticia/2575305/Maior-fundo-imobiliario-Pais-aprova-emissao-novas-cotas
SÃO PAULO – O BC Office Fund, maior fundo imobiliário do país, anunciou ao mercado nesta segunda-feira (1) que foi aprovada em assembléia realizada no último dia 28 de setembro a emissão e distribuição de até 6.151.954 novas cotas.
Os detalhes da oferta, como cronograma e prazos ainda não foram divulgados, já que precisam de aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O fundo, administrado pelo BTG Pactual possui atualmente um valor de mercado de R$ 1,7 bilhão.
O BC Office Fund é proprietário de importantes edifícios comerciais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas.Dentre seus imóveis, destacam-se: Eldorado Business Tower em São Paulo (56,5% do edifício), Torre Almirante no Rio de Janeiro (60% do edifício) e Brazilian Finance Center em São Paulo (60% do edifício)