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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conheça o BC Fund (BRCR11B) - maior fundo imobiliário do Brasil

Conheça o maior fundo imobiliário do Brasil

Veja os prós e contras de aplicar no BC Fund, que possui uma carteira de 2 bilhões de reais em imóveis e tem quotas negociadas na BM&FBovespa

São Paulo – O Brazilian Capital Real Estate Fund (BRCR11B), maior fundo imobiliário brasileiro com quotas negociadas em bolsa, vai elevar em 25% a distribuição mensal de aluguéis aos seus investidores. Da última vez em que isso aconteceu, em 29 de julho, as quotas do fundo tiveram uma valorização de cerca de 20% na BM&FBovespa no mês seguinte.

O BC Fund chegou à bolsa em dezembro de 2010 com uma política de crescimento acelerado e baixa distribuição de dividendos. Ao invés de repartir todos os aluguéis recebidos dos inquilinos com os quotistas, o fundo guardava parte do dinheiro para fazer caixa e comprar outros imóveis.
Há um ano, cada quota do BC Fund valia 100 reais e garantia ao investidor um retorno de 0,50 real ao mês. Em julho, a distribuição de aluguéis subiu para 0,67 real. O fundo, entretanto, continuou a ser visto com certo ceticismo pelos investidores porque mantinha em caixa boa parte dos aluguéis.
Com a nova elevação, que ainda deve ser ratificada em assembleia de quotistas em 20 de dezembro, a distribuição subirá para 0,83 real por quota e garantirá ao investidor um retorno em linha com o resto da indústria.
Inicialmente, o fundo prometia chegar a esse nível de distribuição apenas em 2014. A antecipação aconteceu devido ao sucesso em reduzir a vacância dos imóveis do portfólio e aos reajustes obtidos após a renegociação de diversos contratos de locação. “A receita bruta de locação dos fundos cresceu 30% nos 11 primeiros meses deste ano”, diz Adriano Mantesso, responsável pelo BC Fund. “Nossas receitas mensais com aluguel já alcançam 14,3 milhões de reais.”

A primeira vantagem é tributária. Fundos imobiliários não pagam Imposto de Renda, CSLL, PIS nem Cofins sobre as receitas ou lucros obtidos com aluguéis. Outro benefício ao investidor é a distribuição mensal de aluguéis aos quotistas – na Bovespa, quase nenhuma empresa aberta paga dividendos a cada 30 dias. Por último, Mantesso afirma que um fundo tem uma estrutura mais enxuta que uma companhia aberta, com menos funcionários e despesas administrativas reduzidas. A terceirização de atividades não estratégicas implicaria em uma distribuição maior de receitas aos quotistas.

A gestão ativa do fundo inclui diversos pilares de atuação. O primeiro é procurar renegociar os contratos de aluguel sempre que o mercado estiver aquecido. Desde que chegou à bolsa no final do ano passado, o fundo conseguiu reajustar os valores estabelecidos em contrato com 38% dos inquilinos. Os aumentos médios chegam a 48%. O destaque foi o Cenesp, um empreendimento de sete blocos de escritórios na zona sul de São Paulo onde os aluguéis subiram 60%. A alta representativa reflete o fato de que o Cenesp tinha altas taxas de vacância quando foi comprado. Agora, o prédio está 100% locado.
As renegociações foram consideradas tão bem-sucedidas que o BC Fund já não via mais oportunidade de fortes reajustes nos aluguéis e decidiu vender ao mercado parte de suas quotas no Cenesp. A empresa usou o dinheiro levantado para comprar a participação em outro edifício, o Burity. O negócio permitiu que o BC Fund trocasse um prédio que rendia 10,3% de seu valor ao ano em aluguéis por outro que paga 11,6%. Como o fundo só pagou 30% do Burity e financiou o restante da aquisição para quitá-la nos próximos anos, o retorno real com esse edifício chega a 19,1% ao ano.
Por último, o fundo prevê elevar a área locável dos imóveis que já possui por meio de ampliações. “Acreditamos que é possível agregar 20.000 metros quadrados aos imóveis da carteira” diz Mantesso. Ele cita como o exemplo o Brazilian Financial Center, onde seria possível construir um novo andar com 1.400 metros quadrados de área.
Crítica

Por outro lado, advém da própria gestão ativa uma das principais críticas que o mercado faz ao BC Fund. Como o fundo compra e vende imóveis o tempo todo, parte do caixa gerado pelos aluguéis é retido pelo administrador para financiar essas transações. O resultado é que a distribuição dos aluguéis aos quotistas pode ser menor do que a de muitos outros fundos imobiliários.
Quando chegou à bolsa em dezembro, cada quota do fundo valia 100 reais. Os aluguéis distribuídos mensalmente, entretanto, correspondiam a apenas 0,50 real por quota – o resto ficava retido no caixa. O retorno para o investidor, portanto, era equivalente a apenas 0,5% do valor do imóvel. “Geralmente os investidores consideram interessantes retornos mensais de 0,75% ou mais ao mês”, diz Fatima, da Coinvalores.

 
Devido aos bons resultados obtidos com as negociações de aluguéis, o BC Fund decidiu, há pouco mais de três meses, elevar a distribuição mensal de aluguéis para 0,67 real por quota. Quem investia no fundo naquela época ganhou um bom dinheiro. O valor da quota na bolsa, que girava em torno de 100 reais, saltou para até 127 reais e hoje vale ao redor de 113 reais.

O fundo, no entanto, só planeja começar a distribuir todos os aluguéis a partir de 2015, quando avalia que será possível realizar pagamentos mensais de ao menos 1,25 real. “É por isso que os investidores acreditam que o BC Fund é interessante apenas no longo prazo, quando os quotistas efetivamente começarem a se apropriar dos ganhos com a gestão ativa”, diz Fatima, da Coinvalores.
Sérgio Belleza, consultor da área de fundos imobiliários, considera que o mercado erra ao precificar os fundos imobiliários no Brasil apenas de acordo com o valor dos aluguéis distribuídos. No exterior, o valor das quotas reflete melhor o preço dos ativos imobiliários incluídos na carteira.
No caso do BC Fund, os administradores avaliam que os imóveis valem 2 bilhões de reais. A consultoria imobiliária Colliers fez recentemente uma análise independente do valor do portfólio e chegou a 1,6 bilhão de reais. Já o valor de mercado de todas as quotas do fundo corresponde a 1,2 bilhão de reais. “À medida que o mercado fique mais profissional, com grandes investidores estrangeiros e institucionais, o valor real dos ativos tenderá a ganhar mais peso na decisão de investimento de todos, incluindo as pessoas físicas”, diz Belleza. “É neste momento que o valor das quotas vai se aproximar do preço dos imóveis.”
Liquidez

O BC Fund não tem problemas de liquidez como alguns fundos imobiliários negociados na BM&FBovespa. As quotas estão nas mãos de 1.600 investidores e giram em média 300.000 reais por dia. Dificilmente pessoas físicas e pequenos investidores terão de arcar com um grande ágio ou deságio para comprar ou vender uma quota, respetivamente.
Para que a valorização das quotas supere o IGP-M, índice que serve de base para a maioria dos contratos de aluguel no Brasil, o BC Fund mantém a aposta na gestão ativa. Adriano Mantesso diz que o fundo tem 70 milhões de reais em caixa para realizar novas aquisições. Já se faltar dinheiro, há duas alternativas imediatamente viáveis: fazer compras a prazo ou realizar uma nova oferta pública de participações no Cenesp, um ativo com boa liquidez. Mas só a partir do momento em que a distribuição de aluguéis aumentar ou quando o mercado começar a dar mais importância ao valor real dos imóveis é que o BC Fund tende a se tornar o destaque da indústria.


Fonte da matéria

2 comentários:

  1. Maior fundo imobiliário brasileiro fica mais rentável
    O BC Fund vai elevar em 25% a distribuição de aluguéis aos quotistas; da última vez em que isso aconteceu, o valor das quotas disparou na bolsa

    Ver matéria completa neste link:
    http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/fundos/noticias/maior-fundo-imobiliario-brasileiro-fica-mais-rentavel

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  2. Maior fundo imobiliário do País aprova emissão de novas cotas
    Os detalhes da oferta, como cronograma e prazos ainda não foram divulgados, já que precisam de aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)
    Por Diego Lazzaris Borges
    |17h15 | 01-10-2012

    http://www.infomoney.com.br/onde-investir/investimentos-imobiliarios/noticia/2575305/Maior-fundo-imobiliario-Pais-aprova-emissao-novas-cotas


    SÃO PAULO – O BC Office Fund, maior fundo imobiliário do país, anunciou ao mercado nesta segunda-feira (1) que foi aprovada em assembléia realizada no último dia 28 de setembro a emissão e distribuição de até 6.151.954 novas cotas.

    Os detalhes da oferta, como cronograma e prazos ainda não foram divulgados, já que precisam de aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). O fundo, administrado pelo BTG Pactual possui atualmente um valor de mercado de R$ 1,7 bilhão.

    O BC Office Fund é proprietário de importantes edifícios comerciais nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas.Dentre seus imóveis, destacam-se: Eldorado Business Tower em São Paulo (56,5% do edifício), Torre Almirante no Rio de Janeiro (60% do edifício) e Brazilian Finance Center em São Paulo (60% do edifício)

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