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sábado, 11 de junho de 2011

Será que os preços dos imóveis vão continuar subindo de maneira consistente no Brasil?

Isto É Dinheiro - Nº edição: 713 | Imóveis | 03.JUN - 21:00 | Atualizado em 10.06 - 13:48            

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Os alicerces da valorização

Os preços dos imóveis vão continuar subindo de maneira consistente no Brasil. Entenda por quê

Por Lilian Sobral
O edifício Marquise Ibirapuera, localizado perto do parque mais conhecido da capital paulista, oferece apartamentos de luxo. A unidade padrão, com 407 metros quadrados de área útil, custa cerca de R$ 5 milhões, mais de R$ 12 mil o metro quadrado. Essa cifra não é excepcional. O preço dos apartamentos de luxo, tanto novos quanto usados, tem superado os R$ 14 mil em São Paulo. No Rio de Janeiro, o candidato a morar em bairros como o Leblon tem de desembolsar até o dobro disso.
Essa trajetória se espraia por todas as faixas de preço. Nessas horas, o comprador em potencial suspira e pensa: “Quando os preços dos imóveis vão parar de subir?” A questão para os investidores é se vivemos ou não uma bolha imobiliária que poderia estourar a qualquer momento. Os especialistas ouvidos pela DINHEIRO afirmam que não, e preveem novas altas de preços. Segundo Renato Teixeira, presidente da rede de franquias imobiliárias RE/MAX, ainda há muito espaço para subir.
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“O déficit habitacional brasileiro vai sustentar a alta por muito tempo”, diz. Já Luiz Paulo Pompeia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp), acredita que o mercado atinja um ponto de equilíbrio em 2011. Isso não significa números estáveis – ao contrário, os valores devem acompanhar a inflação. Um dos alicerces dessa alta é econômico. O aumento da renda, aliado à maior oferta de crédito, permite que mais famílias possam adquirir imóveis.
O aquecimento na base da pirâmide afeta todo o setor. Outro alicerce é geográfico. Itens como terrenos fazem os preços disparar muito antes de o primeiro tijolo ser assentado, algo que só tende a piorar devido à crescente escassez de áreas para construir. “Na ilha de Manhattan é raro ver um posto de gasolina e na Europa não há hipermercados em regiões centrais das cidades”, diz Eduardo Zylberstajn, coordenador de um índice de preços de imóveis lançado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo.
“Nas maiores capitais brasileiras, porém, há muitos espaços que não são dedicados à moradia.” Além do terreno, outros insumos também aumentam o valor dos prédios novos. Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), calculado pela Fundação Getulio Vargas, subiu 2,03%. A alta, desde o início do ano, é de 4,04%, ao passo que a inflação média, medida pelo IGP-M, é de 3,3% (veja gráfico abaixo).
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Não por acaso, o índice imobiliário da Fipe mostra que os preços observados em nível nacional subiram 2,7% em abril, a maior alta mensal desde o início da série histórica. Nas principais cidades a alta é ainda mais expressiva, fenômeno que se repete ao redor do mundo (veja quadro à direita). Entre janeiro de 2008 e abril de 2011, os preços dos apartamentos de 1 e 2 dormitórios mais que dobraram em São Paulo.
As unidades com três dormitórios ficaram 85% mais caras e os preços dos maiores subiram 62%. No Rio de Janeiro, com o apelo da proximidade da praia, a valorização oscila entre 91% para unidades com quatro dormitórios e 126% para apartamentos de um dormitório. No caso de o País continuar a crescer 5% ao ano em média, como prevêem os bancos, esse movimento pode se mante por mais tempo.“A tendência ainda é de alta nos preços”, diz Zylberstajn. “Só é possível esperar uma desaceleração se houver a convergência de diversos fatores, como retração do crédito e baixa nos custos da mão de obra.”
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A alta dos imóveis novos acaba puxando o valor dos usados. Na hora de vender, os proprietários calibram o preço pelo momento de mercado. O investidor que estiver convencido da solidez dos alicerces da alta e quiser seguir o ditado que diz que “quem compra terra, nunca erra” deve tomar alguns cuidados.
Negociar imóveis é trabalhoso, burocrático e caro devido à necessidade de obter certidões e pagar as inevitáveis comissões dos corretores. Outro risco é a falta de liquidez. Mesmo com o mercado aquecido, talvez seja preciso esperar alguns meses para que se consiga vender uma propriedade por um bom preço – e evitar ver suas finanças desabarem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Para Orbe Investimentos, bolsa passa por melhor ponto de entrada desde 2008

Para Orbe Investimentos, bolsa passa por melhor ponto de entrada desde 2008

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São Paulo - A Orbe Investimentos acredita que o momento atual é o melhor ponto de entrada para os investidores na bolsa de valores brasileira desde 2008, uma vez que as empresas tem tido fortes resultados em comparação ao frágil desempenho das ações em bolsa, criando uma distorção entre a economia real e o mercado, que a gestora acredita ser uma origem de boas oportunidades. 
A Orbe lembra que o mercado caminhou de lado por alguns meses – embora o resultado das empresas tenham melhorado, criando esse momento que não “reflete a realidade e não pode se sustentar no médio e longo prazos”. 

Correção 
Com isso, a gestora acredita que uma correção virá: ou as empresas terão contração na capacidade de geração de caixa, ou as ações das mesmas terão valorização. Tendo em vista a atual situação da economia brasileira, a Orbe acredita que a segunda opção é a mais provável. 
A gestora não tenta prever esse momento e sim esse movimento, que, provavelmente, afirma a Orbe, se dará quando houver uma reversão do aperto monetário nacional, com a redução das taxas de juros – aliado a indícios de inflação controlada – o que traria os volumes altíssimos de capital que não são mais vistos na bolsa. 
O momento, ressalta a gestora, pode ser desconfortável para os investidores no curto prazo, mas “extremamente agradável” para o longo prazo, já que permite a compra de ações por preços dos mais baixos vistos em alguns anos. 

Distorção 
Esse cenário, afirma a Orbe, é fruto da distorção entre economia real e mercado – o que a empresa chama de geradora de boas oportunidades, lembrando da variação do mercado desde a crise de 2008, que não acompanhou em momento algum o desempenho real das empresas, ora mais negativo, ora mais positivo. 
Atualmente, lembra a gestora, as empresas possuem resultados agregados 50% superiores ao que apresentavam no final de 2007, enquanto o mercado ainda está oscilando naquele nível. Isso, lembra a Orbe, tem feito a empresa aproveitar o momento para comprar mais ações, posicionando-se para a recuperação.

Texto a seguir retirado do Relatório Sintético Mensal de maio/2011 da Orbe Investimentos:
link do relatório

Por mais que para os cotistas de um fundo a variação de cota negativa possa ser desconfortável no curto prazo, para nós gestores, e como também deveria ser para os cotistas com horizonte de investimento alinhado de longo prazo, é extremamente agradável o cenário. Um momento no qual você pode comcomprar quantidades expressivas das ações das suas empresas preferidas por preços dos mais baixos vistos em alguns anos. Não há melhor cenário para posicionamento de longo prazo.

Com o fim da temporada de divulgação de resultados do 1o. trimestre podemos observar a continuidade de forte melhoria de resultados, com um aumento médio de Ebitda da ordem de 30% e de lucro líquido de 25%, trimestre contra trimestre, em nosso universo, principalmente refletindo a continua força da demanda doméstica.

O gráfico abaixo mostra de forma simples a falta de sincronia usual do mercado. A linha azul representa a média de geração de caixa operacional (Ebit), de 12 meses, das empresas listadas na Bovespa, enquanto a linha vermelha representa o movimento do índice da Bolsa, ambos os dados em uma base inicial 100.
 Fonte: Orbe Investimentos

Em 2008, com a crise instalada, o mercado claramente se antecipa ao que viria acontecer com as empresas e cai com força (exagerando e muito, como usual), mas o resultado da crise nas empresa só se observa na sequência, em 2009.

Depois, o mercado se antecipa à recuperação de resultados das companhias, e se recupera com grande força em 2009. Após essa recuperação inicial do mercado, as empresas seguem melhorando, enquanto o mercado entra na atual fase de estabilidade e quedas, criando novamente a distorção "economia real X mercado", que é quase sempre a origem das boas oportunidades. O resumo do período acima representado é que enquanto o mercado está praticamente no mesmo nível do fim de 2007, os resultados agregados das empresas listadas já são quase 50% superiores. Enfim, por aqui temos aproveitado para comprar mais ações, e nos posicionar de forma ótima para a recuperação.