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sábado, 5 de fevereiro de 2011

IPOs (ofertas públicas iniciais de ações) - os melhores e piores da década

Os 20 melhores e piores IPOs da década
matéria da Exame
Levantamento traz os piores rendimentos e aqueles com melhor retorno entre as ofertas iniciais dos últimos anos
Mirela Portugal, de EXAME.com

Empresas do carioca Eike Batista foram destaque entre os lançamentos de ações dos últimos dez anos

São Paulo - Apostar numa empresa durante sua abertura de capital é uma operação delicada - nem todas valem hoje o quanto eram avaliadas no dia de sua estreia. Durante os últimos dez anos, a bolsa brasileira viveu uma maré alta de IPOs ou ofertas públicas iniciais de ações, na sigla em inglês; para alguns, uma festa de grande potencial de lucro, para outros, uma bolha de preços injustificáveis.

A década teve momentos históricos, como a estreia da petrolífera OGX (OGXP3), do empresário carioca Eike Batista, que levantou 4 bilhões de dólares e fechou seu primeiro pregão em alta de 8,3%. Por outro lado, para a maioria, a alegria durou pouco: depois da euforia inicial, boa parte das aberturas de capital realizadas nos últimos anos se mostrou um investimento ruim - quase 70% das empresas que chegaram à bolsa valem hoje menos do que no dia do IPO.

De acordo com levantamento feito pela consultoria Economática, investir em IPOs nos últimos dez anos resultou, simultaneamente, em acertos e equívocos de grande dimensão. O mercado brasileiro abrigou 128 ofertas iniciais de ações no período, que captaram cerca 123 bilhões de reais. A pesquisa leva em consideração a rentabilidade das ações desde o seu lançamento até o dia 23 de dezembro de 2010. Confira as 20 melhores e piores:

Os maiores ganhos

A dona do pódio de maior rentabilidade entre os IPO nacionais dos últimos dez anos é a Totvs (TOTS3), cujos compradoes viram as ações acumularem uma alta 219% acima do Ibovespa desde sua estreia em 2006 (o índice da bolsa nacional valorizou-se 83,7% no mesmo período). A empresa de desenvolvimento e comercialização de software de gestão empresarial captou 460 milhões de reais com sua oferta, acima das estimativas do mercado, à época em 300 milhões.

A segunda ação com melhor desempenho em relação ao Ibovespa é o da Odontoprev (ODPV3) com rentabilidade de 181,02% acida da rentabilidade do Ibovespa que no mesmo período teve rentabilidade de 63,3%.

Posição Empresa Ação Setor Rentabilidade da ação
1 Totvs TOTS3 Software e dados 219,06%
2 Odontoprev ODPV3 Outros 181,02%
3 Localiza RENT3 Outros 179,56%
4 Le Lis Blanc LLIS3 Têxtil 175,20%
5 Hypermarcas HYPE3 Outros 149,50%
6 Lojas Marisa AMAR3 Comércio 138,21%
7 Natura NATU3 Comércio 134,21%
8 Cyrela Realty CIRE3 Construção 110,69 %
9 Multiplus MPLU3 Outros 98,34%
10 Porto Seguro PSSA3 Seguradora 97,35%
11 PDG Realt PDGR3 Construção 92,65%
12 Sul America SULA11 Seguradora 89,35%
13 Mills MILS3 Outros 84,55%
14 Helbor HBOR3 Construção 83,02%
15 OGX Petroleo OGXP3 Petróleo e Gás 64,26%
16 Fleury FLRY3 Outros 60,27%
17 Cetip CTIP3 Finanças e Seguros 59,68%
18 Dasa DASA3 Outros 58,16%
19 BR Malls Part BRML3 Outros 55,75%
20 MRV MRVE3 Construção 53,54%

As maiores perdas

Os resultados para quem investiu na fabricante de biocombustíveis Brasil Ecodiesel (ECOD3) como uma aposta de médio prazo foi desastroso: o papel desabou 92,96% descontada a rentabilidade do Ibovespa desde seu IPO em 2006.

A chegada da Brasil Ecodiesel à Bovespa foi cercada de problemas. A empresa esperava uma captação entre 536,8 milhões e 694,7 milhões de reais. No final, a operação levantou 378,9 milhões, uma resposta da desconfiança do mercado acerca da real capacidade da empresa de cumprir o seu plano de investimentos.

Em segundo lugar na lista de piores rendimentos está a Laep (LAEP11), com um tombo de 89,47% de desvaloziração, descontada a rentabilidade do Ibovespa.

Posição Empresa Ação Setor Rentabilidade da ação
1 Ecodiesel ECOD3 Outros -92,96%
2 Laep MILK3 Alimentos -89,47%
3 Santos BRP STBP11 Transporte -87,89%
4 Inpar S/A INPR3 Construção -85,18%
5 Springs SGPS3 Têxtil -77,88%
6 Csu Cardsystem CARD3 Outros -77,26 %
7 Positivo POSI3 Eletrônicos -71,64%
8 Renar RNAR3 Agro e Pesca -70,38%
9 CR2 CRDE3 Construção -69,50%
10 Brookfield BISA3 Co nstrução -68,53%
11 Gol GOLL4 Transporte -68,30%
12 HSRF Part JHSF3 Construção -66,39%
13 Uol UOLL4 Software -65,63%
14 Minerva BEEF3 Alime ntos -64,98%
15 CC Des Imob CCIM3 Construção -63,91%
16 Fer Heringer FHER3 Química -62,14%
17 Sofisa SFSA4 Finanças -61,45%
18 Profarma PFRM3 Comércio -58,96%
19 Grendene GRND3 Têxtil -58,40%
20 Providencia PRVI3 Química -58,37%


IPOs e ofertas estão de volta


Acompanhe as últimas notícias sobre as empresas estreantes na bolsa em:
http://exame.abril.com.br/topicos/ipos

2 comentários:

  1. Folha de São Paulo - MERCADO
    25/04/2011
    MAN - Entrar em IPOs requer pesquisa sobre a empresa
    http://200.175.180.15/webclipping/openantt/noticia.php?pg=7&id_cliente=75&id_edicao=12&data=25/04/2011

    Analistas recomendam ler prospecto e analisar riscos antes de comprar ações de empresa estreante na Bolsa. Apesar das altas de 2011, oferta inicial de ações nem sempre tem retorno garantido, dizem especialistas

    MARIA PAULA AUTRAN
    PAOLA CARVALHO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
    As empresas que decidiram se capitalizar no mercado de ações neste ano vêm colhendo bons resultados, assim como os investidores que aplicaram nesses papéis.

    Cinco das seis companhias que fizeram IPO em 2011 registram desempenho melhor que o principal índice da Bovespa, que cai 3,24% no ano.

    De fevereiro até o último dia 20, as ações da Autometal, de autopeças, se valorizaram 25,9%; as da Arezzo têm alta de 28,2%; as da Sonae Sierra Brasil, administradora de shoppings, 17%, e as da Queiroz Galvão Exploração e Produção, 18,4%.

    A IMC (International Meal Company), de restaurantes, subiu 12,6% desde março. Os papéis da T4F (Time For Fun), que estrearam na Bolsa em 13 de abril, são os únicos com desempenho negativo -registram queda de 1,88%. No mesmo período, o Ibovespa teve alta de 0,24%.

    Para o professor de finanças do Insper Ricardo Almeida, os valores estão saindo abaixo do preço justo, o que abre espaço para valorização. "Os investidores estão conseguindo um desconto na hora da compra. E os controladores estão aceitando."

    Como hoje os riscos são maiores que no momento pré-crise (2007), o preço de lançamento acaba sendo menor que os preços iniciais (sugeridos pelas empresas) daquele momento, diz Reginaldo Alexandre, presidente da Apimec-SP (associação dos analistas).

    Além disso, segundo Alexandre, apesar da perspectiva de acomodação no ritmo da atividade econômica, o cenário atual, marcado pela expansão do consumo, também contribui para o desempenho de empresas de determinados setores como o da Arezzo, o da Sonae Sierra Brasil e o da Autometal.

    O diretor do banco Fator, Venilton Tadini, diz que a valorização se deve à natureza da atividade das empresas.

    "Praticamente não tem nenhuma operação abaixo dos R$ 500 milhões, e todas no nível de governança do novo mercado. O que se está buscando são colocações de grande volume, para ter liquidez no papel, e de segmentos como esses aqui colocados", afirma.

    No início do ano, a previsão era de oito ofertas de ações em fevereiro, com captação de R$ 6,7 bilhões. Até agora, foram dez, com volume total de R$ 5,03 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa. Com a T4F, o valor fica em R$ 5,6 bilhões.

    INFORMAÇÃO
    O consultor de marketing Luis Abdal participou de três IPOs só neste ano. Depois de 15 dias de negociações da Queiroz Galvão, vendeu as ações com 10% de ganho. O dinheiro continua aplicado na Arezzo e na Time For Fun.

    Ele diz que sempre busca orientação na sua corretora antes de tomar uma decisão.

    Os analistas Paulo Roberto Esteves, da Gradual Investimentos, e Leandro Zanfelício, da corretora Concórdia, dizem que a estratégia de vender papéis no curtíssimo prazo é arriscada.

    Em 2010, por exemplo, a BR Properties caía 9,26% em 7 de maio, dois meses após o primeiro dia de negociação na Bolsa. No acumulado de um ano, subiu 38,36%.

    E para quem opta pelo longo prazo, afirmam os analistas, é preciso conhecer a empresa, o mercado e as perspectivas macroeconômicas.

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  2. Ações da AL devem brilhar em Nova York
    Tio Sam quer nossa batucada
    Autor(es): Antonio Perez | De São Paulo
    Valor Econômico - 25/04/2011
    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/4/25/acoes-da-al-devem-brilhar-em-nova-york

    A Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, prevê um ano muito bom para as ofertas de ações de companhias latino-americanas nos EUA. A perspectiva é atingir um recorde histórico em número de operações e em volume financeiro, superando os mais de US$ 9 bilhões da oferta de ADRs (recibos de ações) da Petrobras no ano passado. "Este vai ser, sem dúvida, o melhor ano para as empresas latino-americanas em Nova York", disse ao Valor Scott Cutler, vice-presidente-executivo da Nyse Euronext. Diferentemente de 2010, quando o apetite do investidor americano pela região foi "saciado" pelo gigantismo da oferta da Petrobras, neste ano, ressaltou Cutler, deve haver um número elevado de ofertas. O sucesso da Arcos Dorados, franqueada do McDonald"s, que captou US$ 1,3 bilhão, seria uma amostra.



    A Nyse Euronext, controladora da Bolsa de Nova York, prevê um ano de ouro para as ofertas de ações de companhias latino-americanas nos Estados Unidos. A perspectiva é atingir um recorde histórico em número de operações e em volume financeiro, superando os mais de US$ 9 bilhões da oferta de American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações) da Petrobras no ano passado. "Este vai ser, sem dúvida, o melhor ano da história para as empresas latino-americanas em Nova York", disse ao Valor Scott Cutler, vice-presidente-executivo da Nyse Euronext, em passagem por São Paulo para visitas a empresas e investidores.

    Diferentemente de 2010, quando todo o apetite do investidor americano pela região foi "saciado" pelo gigantismo da oferta da Petrobras, neste ano, ressaltou Cutler, deve haver um número elevado de ofertas de companhias de diversos setores e países latino-americanos "O nosso "pipeline" [número de empresas na fila para realizar uma oferta] para este ano é muito extenso", afirmou.

    O sucesso recente da abertura de capital da Arcos Dorados, franqueada do McDonald"s na América Latina, que captou US$ 1,3 bilhão em uma operação em que a procura pelas ações superou em dez vezes a oferta, seria uma amostra de que o momento é favorável para listagem na Bolsa de Nova York. Em janeiro, a Adecoagro, empresa do setor agrícola com operações no Brasil e Argentina, havia captado US$ 341 milhões em seu IPO.

    Segundo Cutler, a demanda de investidores americanos, e também globais, por ações de companhias da América Latina é muito maior que a oferta. Ou seja, há um espaço enorme para a ampliação do número de papéis da região na Nyse. "O volume de negociação de ADRs da América Latina está aumentando de forma drástica, e um mercado secundário é condição essencial para estimular as emissões", disse.

    Parte expressiva das ofertas de ADRs em Nova York este ano, afirmou Cutler, deve vir de empresas que têm entre os controladores fundos de "private equity" (de participação). Esses fundos compram fatias de empresas promissoras e, após investimentos em gestão e reestruturação financeira, vendem a participação, principalmente por meio de uma oferta secundária de ações, para remunerar os investidores. Foi o que ocorreu, por exemplo, no caso do IPO da Arcos Dorados, em que a gestora brasileira Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, vendeu uma parcela de sua participação na companhia.

    Leia matéria completa em:
    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/4/25/acoes-da-al-devem-brilhar-em-nova-york

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